O mundo que temos XX
Paris está em chamas. Os protestos não param. Há confrontos com a polícia. Se era para ter esta chatice, mas valia terem aumentado a idade da reforma logo para os 66 anos (como em Portugal).
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Paris está em chamas. Os protestos não param. Há confrontos com a polícia. Se era para ter esta chatice, mas valia terem aumentado a idade da reforma logo para os 66 anos (como em Portugal).
A adesão de países como a Moldávia, Albânia ou Ucrânia são sempre "boas notícias" para Portugal. Deixamos de ser (finalmente) um dos países mais pobres da união europeia.
As penas de prisão para os líderes do movimento pela independência da Catalunha levaram milhares de manifestantes para as ruas e por lá continuam, seja na famosa Barcelona ou em outras cidades da Catalunha. Dos confrontos já resultaram mais de 150 feridos, entre manifestantes e autoridades.
As manifestações tiveram o início que quase todas as manifestações têm, começam com contornos de festa - bifanas, copos, xadrez e tratores - terminaram em confrontos violentos entre a polícia e manifestantes. Agora é ouvir o som das sirenes e os gritos de ordem dos cidadões que se acham no direito de destruir propriedade pública e privada porque defendem ideais. É exactamente aqui que perdem a razão das suas convicções. Destruir não é manisfestar-se, criar desordem não é ter razão, agredir quem não está de acordo connosco não é ser anti-fascista. Os catalões que defendem a independência e escolheram o caminho da violência, não escolheram o melhor caminho e vão pagar caro por isso...
Na União Europeia vigora a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais. Os seus 27 membros consideram estas liberdades indivisíveis. Ao sair com o desejo explícito de controlar as suas fronteiras e a imigração vinda da UE, o Reino Unido prescinde obrigatoriamente das restantes liberdades, sujeitas a um acordo.
Ora, a linha entre as Irlandas será, após o Brexit, a única fronteira terrestre entre a União Europeia e o Reino Unido. O protocolo sobre o futuro da Irlanda do Norte, isto é, a forma de evitar que a saída da UE, do mercado único e da união aduaneira implique nova fronteira entre aquele território, que faz parte do Reino Unido, e a vizinha República da Irlanda, que é independente e membro da UE, implicará um acordo. Sem esse acordo, os controlos fronteiriços serão inevitáveis. Acresce que a Irlanda foi palco no passado, de um conflito sangrento entre unionistas protestantes (defensores da manutenção da Irlanda do Norte no Reino Unido) e católicos republicanos (nacionalistas que querem reunificar as Irlandas). Espero simplesmente não assitir a mais nenhum "Sunday Bloody Sunday", depois de 20 anos de paz...
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, foi protagonista de mais uma situação insólita. Hoje teve de abandonar uma conferência de imprensa com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, depois de perceber que tinha calçado um sapato de cada cor. A troca estará relacionada com mais um ataque de ciática tinto? Onde estavam os assessores pagos a "preço de ouro"!?
Está em todos os canais de televisão e jornais, o video a que já chamam de Centeno. O vídeo tem apenas 1 minuto e 10 segundos, o tempo suficiente para Mário Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo, se tornar no destinatário de desagrados da esquerda à direita. O antigo ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis chegou a compara-lo à máquina de propaganda da Coreia do Norte.
No video, Centeno dá as “boas-vindas” à Grécia enquanto “membro pleno” da zona euro!? Mas a Grécia chegou a sair da zona euro, pergunto eu? Centeno pinta ainda a economia grega de cor-de-rosa bébé, quando os mais informados sabem que a Grécia vai demorar 75 anos a pagar a dívida!! É simplesmente vergonhoso...
Uma coisa pode ser depreendida do vídeo do Centeno, e das discussões que provocou: a UE não aprendeu nada com a crise, nicles, zero. Na próxima crise a receita vai ser rigorosamente a mesma. Por muito que custe aos europeístas convictos... tudo para dar dinheiro a ganhar a uma Alemanha cada vez mais poderosa e a quem o mundo perdoou a maior dívida da história.