O mundo que temos XX
Paris está em chamas. Os protestos não param. Há confrontos com a polícia. Se era para ter esta chatice, mas valia terem aumentado a idade da reforma logo para os 66 anos (como em Portugal).
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Paris está em chamas. Os protestos não param. Há confrontos com a polícia. Se era para ter esta chatice, mas valia terem aumentado a idade da reforma logo para os 66 anos (como em Portugal).
Nestes tempos difíceis para estátuas que representam figuras da nossa história, em entrevista à TVI, Rui Rio garantiu que o fenómeno do RACISMO não existe na sociedade como, à boleia de manifestações antiracistas, “ainda ficamos é racistas com tanta manifestação”. Parece que, para Rui Rio o racismo é lá nos EUA. Aqui não. Ou seja, o presidente do maior partido da oposição e aspirante a primeiro ministro passa ao lado dos problemas sociais do país, como se nada fosse. O que prova, que não só não conhece o país, como vive numa caixa hermética diferente ao que se passa à sua volta. Rui Rio tem esta triste e assustadora tirada digna de conversa de café, mas não é o único a pensar assim. O problema é muito mais amplo... e começa com as próprias manifestações e o que as despertou.
As manifestações contra o racismo em Portugal são, infelizmente, engraçadas. Quando mataram negros em Portugal; quando agentes de autoridade assassinaram um cidadão ucraniano; e quando na famosa Cova da Moura torturaram e mal trataram pessoas de cor, não houve manifestações em Portugal. Foi necessário o despertar da morte de um cidadão de cor em outro país, para depressa apontarem o dedo ao racismo. Racistas e hipócritas... é o que alguns são. Não esqueço, que muitos portugueses apelidam de "Monhé" ou "preto" o seu Primeiro Ministro.
Muitos não gostam de colocar o dedo na ferida, mas, Portugal é um país racista e vai continuar a sê-lo, enquanto existirem pessoas que vão a uma manifestação - felizmente não são a maioria -, porque não tem mais nada para fazer e querem publicar umas fotos nas redes sociais. Deve-se ir a uma manifestação por convicção e não porque está na moda ou é políticamente correcto...
E sim, Portugal é um país racista. Diferente dos EUA, mas também a sua história é diferente. O caminho é longo, e a não perder de vista. Mas temos de mudar as mentalidades.
Até todos terem Headphones Marshall de 150€ e um IPhone 9 no bolso, a luta continua. Maldito capitalismo... foto tirada durante uma manisfestação contra racismo. Todos juntos, porque o Chanel Mademoiselle afasta o virus.
Todos os protestos são eficazes a transmitir mensagens, mas um protesto com um uniforme – principalmente e propositalmente um de alta visibilidade – é ainda mais engenhoso. O "gilet jaune", o colete amarelo fluorescente tornou-se sinónimo dos protestos contra os altos preços dos combustíveis em França, da crescente desigualdade dos ordenados e, consequentemente, dos problemas sociais no país. Mas tudo isso passou para segundo plano a partir do momento em que os manifestantes passaram a criminosos com a destruição de propriedade alheia. Combater a injustiça com crime é a mais infame forma de protesto...
Por cá os coletes amarelos fazem peregrinações para Fátima, em França levam a coisa a sério e batem-se pelos seus direitos...
* sem tempo para muito mais. Votem no iTUGGA.