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Blog de um português...

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Assim se manifesta a esquerda em Portugal

Durante a manifestação entre a Alameda e o Martim Moniz, duas senhoras provocaram danos em diversos estabelecimentos comerciais, pintando as respetivas paredes e montras, sendo que os danos referidos foram presenciados por polícias que acompanhavam a manifestação.

Já na Praça do Martim Moniz, as duas manifestantes, autoras dos danos, foram abordadas para serem identificadas e não foram detidas. Os polícias que procediam à abordagem foram cercados e atacados, através de agressões físicas, com contacto direto, do arremesso de pedras e de garrafas de vidro, pelo que optaram por entrar num supermercado "Mercado Oriental" para se protegerem. Vários militantes de um certo partido de esquerda (sim, aparecem nas filmagens da TV) tentam forçar a entrada no supermercado para agredir os polícias. 

PS - participei na manifestação, no início dos confrontos, estava dentro do supermercado no andar superior - zona de alimantação - e com total vista para a cena que descrevi.

Há racismo em Portugal?

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Nestes tempos difíceis para estátuas que representam figuras da nossa história, em entrevista à TVI, Rui Rio garantiu que o fenómeno do RACISMO não existe na sociedade como, à boleia de manifestações antiracistas, “ainda ficamos é racistas com tanta manifestação”. Parece que, para Rui Rio o racismo é lá nos EUA. Aqui não. Ou seja, o presidente do maior partido da oposição e aspirante a primeiro ministro passa ao lado dos problemas sociais do país, como se nada fosse. O que prova, que não só não conhece o país, como vive numa caixa hermética diferente ao que se passa à sua volta. Rui Rio tem esta triste e assustadora tirada digna de conversa de café, mas não é o único a pensar assim. O problema é muito mais amplo... e começa com as próprias manifestações e o que as despertou.

As manifestações contra o racismo em Portugal são, infelizmente, engraçadas. Quando mataram negros em Portugal; quando agentes de autoridade assassinaram um cidadão ucraniano; e quando na famosa Cova da Moura torturaram e mal trataram pessoas de cor, não houve manifestações em Portugal. Foi necessário o despertar da morte de um cidadão de cor em outro país, para depressa apontarem o dedo ao racismo. Racistas e hipócritas... é o que alguns são. Não esqueço, que muitos portugueses apelidam de "Monhé" ou "preto" o seu Primeiro Ministro.

Muitos não gostam de colocar o dedo na ferida, mas, Portugal é um país racista e vai continuar a sê-lo, enquanto existirem pessoas que vão a uma manifestação - felizmente não são a maioria -, porque não tem mais nada para fazer e querem publicar umas fotos nas redes sociais. Deve-se ir a uma manifestação por convicção e não porque está na moda ou é políticamente correcto...

 

E sim, Portugal é um país racista. Diferente dos EUA, mas também a sua história é diferente. O caminho é longo, e a não perder de vista. Mas temos de mudar as mentalidades.

Coletes amarelos, manchados de vermelho...

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Todos os protestos são eficazes a transmitir mensagens, mas um protesto com um uniforme – principalmente e propositalmente um de alta visibilidade – é ainda mais engenhoso. O "gilet jaune", o colete amarelo fluorescente tornou-se sinónimo dos protestos contra os altos preços dos combustíveis em França, da crescente desigualdade dos ordenados e, consequentemente, dos problemas sociais no país. Mas tudo isso passou para segundo plano a partir do momento em que os manifestantes passaram a criminosos com a destruição de propriedade alheia. Combater a injustiça com crime é a mais infame forma de protesto...