Ainda estou dois posts atrás. Isto é mesmo verdade???
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Fiquei bastante contente quando fiquei a saber que a WebSummit será realizada em Portugal por mais 10 anos. Somos mesmo um país inovador em tecnologia! Só fico triste porque não posso dar a notícia a um tio que vive numa aldeia perto de Pedrógrão Grande. É que por lá não há rede de telemóvel e a TDT não funciona bem. Mas o nosso país é bom em conferências sobre tecnologia.
Foi precisamente há 20 anos, o último dia da exposição mundial, que mudou para sempre Lisboa e a minha visão da vida. Decorria o ano do "senhor da borga" de 1998, tinha 25 anos ganhava mais do que agora - tempos em que todos tinham trabalho e via-se dinheiro na carteira. O meu irmão era um dos responsáveis pela construção e manutenção da exposição universal, o que me deu a oportunidade de ir à Expo vezes sem conta, ver concertos quase todos os dias e rebentar com o fígado entre copos e jantaradas bem regadas. Estavam representados 146 países e 14 organizações internacionais, era muito para ver e conhecer.
Por tudo isto, o último dia ficou na minha memória por mais razões do que apenas o encerramento da exposição. Foi o fim de um ciclo de festa e de boas recordações, que contou com 200 mil visitantes nesse dia e um dos maiores espetáculos de fogo de artifício já visto em Portugal. Para nos lembrar o evento ainda preduram no Parque das Nações os vulcões de água, o teleférico, a figura do Gil (mascote do evento) e o Oceanário, símbolos máximos da Expo’98.
Foi há 20 anos, mas lembro-me como se fosse ontem...
Lembram-se da personagem de Maria Rueff, o Zé Manel? Essa é a caricatura perfeita dos taxistas que temos. Ontem deram uma bela imagem dos taxistas na televisão. Por momentos pensei que estava a ver um filme de Emir Kusturica. Continuamos com o velho "fogareiro" Mercedes preto e verde, de palito na boca e "A Bola" debaixo do braço.
Creio que a escolha da UBER pelos passageiros não está só relacionada com o preço...
Os motoristas de táxi que continuam em protesto na Praça dos Restauradores, em Lisboa vão realizar hoje pelas 14:00, uma caminhada até à Praça do Comércio, tendo como principal reclamação a "competição desleal" pela falta de custos e limitações impostas à Uber e afins.
Os taxistas pedem a revogação da lei que legalizou as empresas como a Uber. É aqui que eles falham: os taxistas não têm de pedir a revogação da lei, têm é que evoluir e adaptar-se. Os taxistas têm de pedir ao Governo mudanças na regulamentação dos táxis, que passou a estar obsoleta perante a nova realidade das tecnologias. A tecnologia democratizou o acesso ao transporte. Chamar um carro através de uma aplicação sempre que quiser e onde estiver é comum nos dias de hoje. Perante estas mudanças no transporte urbano de passageiros, as regras estão ultrapassadas e prejudicam a concorrência entre táxis e Ubers, mas longe de restringir o direito de escolha dos passageiros.
O futuro do Táxi? O velho "fogareiro" Mercedes preto e verde, bem restaurado e obrigatoriamente eléctrico com uma nova geração de motoristas jovens e ao preço da Uber, com a Câmara Municipal a fornecer o carregamento grátis. Táxi -Tradicional, Ecológico e Barato...
Não ligo a futebol, não tenho clube e não compreendo o movimento supostamente associativo que compõem as claques.
Hoje é dia de dérbi entre os dois grandes rivais da capital - Benfica e Sporting - e como sempre, Portugal vai parar à hora que soar o apito do árbitro no Estádio da Luz. A rivalidade é antiga, mas qual o motivo desta rivalidade tão ferverosa, que roça o ódio!?
No início do século XX, quando o futebol estava a aparecer em Portugal, nasceram dois clubes em Lisboa que deram início à rivalidade mais emblemática do desporto português. Desde que foram fundados, as mudanças tanto no Sporting como no Benfica foram mais do que muitas, mas mantendo sempre uma rivalidade transversal e saudável até 1907. Coloca-se então a questão: o que motivou a rivalidade quase visceral entre os dois clubes?
A rivalidade tomou novas proporções quando o Sporting recrutou oito jogadores do Benfica, seduzindo-os com as regalias que o clube de Alvalade apresentava: um balneário com água quente, um campo de futebol próprio, camisolas para combater o frio e as próprias bolas do jogo, uma vez que no Benfica, as bolas de futebol eram em segunda mão e as do Sporting eram novas.
Esta saída dos jogadores para o Sporting criou uma séria crise que fez o Sport Lisboa pensar se podia manter as portas abertas, ficando ainda pior, quando o clube ‘encarnado’ ficou sem fundos para pagar a sua inscrição no Campeonato de Lisboa. À beira da extinção, Cosme Damião, Félix Bermudes e Manuel Goularde foram os responsáveis que angariaram o dinheiro necessário para manter o Sport Lisboa em funcionamento.
Uma das características da rivalidade entre os clubes da segunda circular passa ainda hoje pela representação popular. Tanto Benfica como Sporting são, desde os primórdios, ligados a estratos sociais diferentes, apesar de cada vez mais esbatidos. Enquanto os ‘leões’ e os respetivos adeptos estão ligados à classe média/alta da sociedade de Lisboa, os adeptos do Benfica estão associados à classe mais baixa.
O elitismo do Sporting deriva da matriz da sua fundação. José de Alvalade (Visconde), em 1906, depois de uma zanga na assembleia geral do Campo Grande Sport Clube, clube a que pertencia, decidiu fundar um outro clube feito para pessoas de boa conduta. Nos estatutos de criação do clube, a boa conduta é o artigo número 1 que defende que o Sporting é um clube feito para “indivíduos de boa sociedade e conduta irrepreensível”. Elitismo de merda, mas foi assim que nasceu o clube. Por causa de uma birra de meninos ricos...
Era um dia como tantos outros de Agosto, os meus pais já tinhamos gozados as férias deles e eu - um miúdo de 14 anos - ia a meio das minhas "férias grandes". Normalmente, levantava-me por volta das 11 horas, mas naquela manhã de 25 de Agosto foi acordado pelas 8 pelo som estridente da pequena televisão que a minha mãe tinha na cozinha. Fui ver o que se passava e ainda "estremunhado", vi na tela Lisboa a arder. Já mais me esqueci daquela imagem...
Passaram 30 anos, desde a manhã que vi o Chiado arder na televisão. A Baixa lisboeta estava a ser destruída por um violento incêndio que deflagrou cerca das 5 horas da madrugada e que incidiu principalmente nas Ruas do Carmo, Garrett e Nova do Almada, num total de 18 edifícios. Lojas históricas desapareceram no meio das chamas, apagando muitas das memórias ligadas à historia da cidade e ao Chiado em particular.
O brutal incêndio de 1988 obrigou a redimensionar a Baixa Pombalina, sob a direcção técnica do arquitecto Siza Vieira. A Câmara Municipal de Lisboa demorou dez longos anos para recuperar o que o fogo consumiu. Em 1999 finalmente retiraram o viaduto para peões que afastava as pessoas da zona atingida e abriram as artérias aos peões, ainda com muitos edifícios por acabar. Tenho a sensação que demoramos mais tempo a reconstruir o Chiado do que o Marquês de Pombal a reconstruir a cidade toda.
Passados 30 anos o Chiado é uma zona que voltou a ser um forte centro económico-cultural e uma das zonas mais caras de Portugal, que pertence na maioria a uma imobiliária chinesa…
Estou a almoçar num novo restaurante no Cais do Sodré, em Lisboa. Abriu há um mês, mas o logotipo diz “desde 1945”.
Pior, só mesmo a casa que abriu em 2015 para vender os "tradicionais" pastéis de bacalhau com queijo da serra que de tradicionais têm tanto que nunca ninguém tinha ouvido falar deles até a abertura daquele estabeleciemento. Essa no logotipo diz "desde 1904".
Tudo para inglês ver...
Cada vez que vou a Lisboa pago dois almoços. O Almoço e o estacionamento. Lisboa é agora uma cidade de preços para inglês pagar, quase que temos de pedir um empréstimo para estacionar o carro...
Os taxistas convocam uma manifestação para 11 de setembro por tempo indeterminado e ponderam avançar para a greve! Por mim tudo bem, desde que os motoristas dos camiões da Super Bock e da Sagres não adiram, façam o que quiserem...
Voltando ao assunto, a tecnologia democratizou o acesso ao transporte. Chamar um carro através de uma aplicação sempre que quiser e onde estiver é comum nos dias de hoje. São os avanços que a internet e o smartphone tornaram possível.
Perante estas mudanças no transporte urbano de passageiros, a regulamentação dos táxis passou a estar obsoleta. As regras estão ultrapassadas e prejudicam a concorrência entre táxis e Ubers, mas longe de restringir o direito de escolha dos passageiros.
Taxistas reclamam "competição desleal" pela falta de custos e limitações impostas à Uber. Mas a Uber sublinha que não deve ser tratada como uma companhia de transportes. Com argumentos de cada parte, todos têm carros a circular pelas ruas portuguesas.
A solução? Não sei, mas já experimentaram criar uma única aplicação idêntica para táxis, em vez de quatro aplicações para o mesmo (já foram sete)? Creio que isto denota a gulodise de alguém...
Tema do dia: o prédio do Robles
Os de direita: Ai e tal o Robles...
Os de esquerda: Tá bem, mas o Passos também...
Entretanto, da mesa do fundo ouve-se: O caso Robles é o problema de base do Bloco de Esquerda: os ideais são bons, mas ninguém os quer cumprir. Nem eles próprios.
E estamos nisto...
Porque será que já esperava as reacções do partido de Ricardo Robles onde usaram o método habitual de disparar contra tudo e contra todos debaixo do nevoeiro de artifícios e histórias mal contadas?
Não fiquei surpreendido porque todos os partidos o fazem - temos como exemplo o caso da Tecnoforma. O que difere o BE dos outros partidos é que até aqui via-se a si mesmo acima dos outros, como sendo a moral do regime, quase uma inquisição política. Faziam isso porque é da sua natureza actuar assim.
O BE apenas segue a cartilha dos partidos de esquerda, que sem rodeios assumem a condição de estarem acima dos outros: temos o exemplo da obra de Álvaro Cunhal, A superioridade moral dos comunistas, um texto que denota a tendência assustadora da superioridade partidária e ideológica da esquerda. O contra-senso desta moral é que ela pressupõe que os comunistas sejam desprendidos dos bens materiais, tal frades franciscanos. Aqui é que falha a ética política de Ricardo Robles. A tal que ele tanto apregoa mas que não realiza - Se luta contra a especulação imobiliária, não a pode fazer.
No fim de contas vemos que as Catarinas, as Mortáguas e os Robles deste mundo, são como os outros, apesar de venderem uma imagem moralmente superior...
PS - entretanto Ricardo Robles renunciou ao mandato na Câmara de Lisboa. Terá sido coerência ou obrigação!?
Como quase todos ficámos a saber só restou um casal de idosos numa das fracções do seu prédio com o qual chegou a acordo de um novo contrato de 8 anos pelo mesmo valor da renda anterior. Mas o que Robles se esqueceu de mencionar nas suas atrapalhadas explicações é que ele só fez esse novo contrato com os idosos, porque não os pode tirar de lá - como fez com os outros inquilinos - pois a lei protege os idosos com contratos antigos (os idosos não podem ser retirados da sua habitação desde que tenham reformas inferiores a 3 ordenados mínimos cada um). Como os idosos não têm essa reforma ele teria de os ter como inquilinos indefinidamente o que tinha impacto no valor do prédio, o que ele fez foi contornar a situação.
Para dar a volta a situação, propôs obras na casa dos idosos a troco de um novo contrato de arrendamento pelo mesmo valor da renda antiga. Os idosos caíram na armadilha - esta técnica é usada com frequência pelos especuladores que operam no ramo imobiliário.
Assim, o contrato vitalício (antigo) foi extinto e ao fim de 8 anos ele ou quem comprar o prédio pode despejar os idosos, sem problemas. Mas isto não conta Ricardo Robles...
anda ele a apontar o dedo aos especuladores imobiliários.