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iTUGGA

Blog de um português...

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Os momentos mais inusitados da JMJ Lisboa

Com a JMJ a chegar ao fim, os portugueses tecem elogios à organização do evento, que juntou 1,5 milhões de pessoas em Lisboa. Como em tudo na vida, houve pequenos problemas, mas no geral correu muito bem as JMJ realizadas em Lisboa. Também aconteceram situações fora do comum, umas engraçadas, outras mais espirituais, mas todas elas fazem parte da história da JMJ2023...

Os preços do merchandising da JMJ

Os milhares de participantes da JMJ vão querer um "recuerdo" da jornada e a igreja católica não se poupa a esforços para ajudar os peregrinos nessa recordação. O "recuerdo" mais caro é a cruz em ouro de 19,2 quilates com 3,5 centímetros que custa 1.580 euros , se optar pelo modelo mais pequeno, com 2,8 centímetros irá pagar 1.080€. Ambas são de edição limitada (apenas 100 unidades de cada) — e foram desenhadas por uma joalharia em LisboaMas há mais... 

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pode ainda encontrar cruzes de prata a partir dos 39,90€, fios no mesmo material (entre 107,80€ e 130€), colares de cortiça por 5,50€, terços com contas de madeira (11,50€) ou de plástico (10,50€). Isto sem esquecer os bonés (8 a 11€ cada), bandeiras (24€), almofadas (24€), toalhas de praia (37€), T-shirts (desde 12€). Há também um kit de oração que inclui uma T-shirt, um terço e três velas por 38€. Sem qualquer complexo. A religião, tal como se fosse um concerto, é acima de tudo um negócio. O negócio da fé...

Assim se manifesta a esquerda em Portugal

Durante a manifestação entre a Alameda e o Martim Moniz, duas senhoras provocaram danos em diversos estabelecimentos comerciais, pintando as respetivas paredes e montras, sendo que os danos referidos foram presenciados por polícias que acompanhavam a manifestação.

Já na Praça do Martim Moniz, as duas manifestantes, autoras dos danos, foram abordadas para serem identificadas e não foram detidas. Os polícias que procediam à abordagem foram cercados e atacados, através de agressões físicas, com contacto direto, do arremesso de pedras e de garrafas de vidro, pelo que optaram por entrar num supermercado "Mercado Oriental" para se protegerem. Vários militantes de um certo partido de esquerda (sim, aparecem nas filmagens da TV) tentam forçar a entrada no supermercado para agredir os polícias. 

PS - participei na manifestação, no início dos confrontos, estava dentro do supermercado no andar superior - zona de alimantação - e com total vista para a cena que descrevi.

WebSummit em Portugal

Fiquei bastante contente quando fiquei a saber que a  será realizada em Portugal por mais 10 anos. Somos mesmo um país inovador em tecnologia! Só fico triste porque não posso dar a notícia a um tio que vive numa aldeia perto de Pedrógrão Grande. É que por lá não há rede de telemóvel e a TDT não funciona bem. Mas o nosso país é bom em conferências sobre tecnologia. 

O último dia da Expo - 20 anos depois

Foi precisamente há 20 anos, o último dia da exposição mundial, que mudou para sempre Lisboa e a minha visão da vida. Decorria o  ano do "senhor da borga" de 1998, tinha 25 anos ganhava mais do que agora - tempos em que todos tinham trabalho e via-se dinheiro na carteira. O meu irmão era um dos responsáveis pela construção e manutenção da exposição universal, o que me deu a oportunidade de ir à Expo vezes sem conta, ver concertos quase todos os dias e rebentar com o fígado entre copos e jantaradas bem regadas. Estavam representados 146 países e 14 organizações internacionais, era muito para ver e conhecer.

Por tudo isto, o último dia ficou na minha memória por mais razões do que apenas o encerramento da exposição. Foi o fim de um ciclo de festa e de boas recordações, que contou com 200 mil visitantes nesse dia e um dos maiores espetáculos de fogo de artifício já visto em Portugal. Para nos lembrar o evento ainda preduram no Parque das Nações os vulcões de água, o teleférico, a figura do Gil (mascote do evento) e o Oceanário, símbolos máximos da Expo’98. 

 

Foi há 20 anos, mas lembro-me como se fosse ontem...

Não percebo como há pessoas que preferem Uber...

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Lembram-se da personagem de Maria Rueff, o Zé Manel? Essa é a caricatura perfeita dos taxistas que temos. Ontem deram uma bela imagem dos taxistas na televisão. Por momentos pensei que estava a ver um filme de Emir Kusturica. Continuamos com o velho "fogareiro" Mercedes preto e verde, de palito na boca e "A Bola" debaixo do braço. 

 

Creio que a escolha da UBER pelos passageiros não está só relacionada com o preço...

Táxi vs Uber

Os motoristas de táxi que continuam em protesto na Praça dos Restauradores, em Lisboa vão realizar hoje pelas 14:00, uma caminhada até à Praça do Comércio, tendo como principal reclamação a "competição desleal" pela falta de custos e limitações impostas à Uber e afins.

 

Os taxistas pedem a revogação da lei que legalizou as empresas como a Uber. É aqui que eles falham: os taxistas não têm de pedir a revogação da lei, têm é que evoluir e adaptar-se. Os taxistas têm de pedir ao Governo mudanças na regulamentação dos táxis, que passou a estar obsoleta perante a nova realidade das tecnologias. A tecnologia democratizou o acesso ao transporte. Chamar um carro através de uma aplicação sempre que quiser e onde estiver é comum nos dias de hoje. Perante estas mudanças no transporte urbano de passageiros, as regras estão ultrapassadas e prejudicam a concorrência entre táxis e Ubers, mas longe de restringir o direito de escolha dos passageiros.

 

O futuro do Táxi? O velho "fogareiro" Mercedes preto e verde, bem restaurado e obrigatoriamente eléctrico com uma nova geração de motoristas jovens e ao preço da Uber, com a Câmara Municipal a fornecer o carregamento grátis. Táxi -Tradicional, Ecológico e Barato...

Hoje é dia de dérbi - Benfica vs Sporting

Não ligo a futebol, não tenho clube e não compreendo o movimento supostamente associativo que compõem as claques.

 

Hoje é dia de dérbi entre os dois grandes rivais da capital - Benfica e Sporting - e como sempre, Portugal vai parar à hora que soar o apito do árbitro no Estádio da Luz. A rivalidade é antiga, mas qual o motivo desta rivalidade tão ferverosa, que roça o ódio!?

 

No início do século XX, quando o futebol estava a aparecer em Portugal, nasceram dois clubes em Lisboa que deram início à rivalidade mais emblemática do desporto português. Desde que foram fundados, as mudanças tanto no Sporting como no Benfica foram mais do que muitas, mas mantendo sempre uma rivalidade transversal e saudável até 1907. Coloca-se então a questão: o que motivou a rivalidade quase visceral entre os dois clubes?

 

A rivalidade tomou novas proporções quando o Sporting recrutou oito jogadores do Benfica, seduzindo-os com as regalias que o clube de Alvalade apresentava: um balneário com água quente, um campo de futebol próprio, camisolas para combater o frio e as próprias bolas do jogo, uma vez que no Benfica, as bolas de futebol eram em segunda mão e as do Sporting eram novas.

 

Esta saída dos jogadores para o Sporting criou uma séria crise que fez o Sport Lisboa pensar se podia manter as portas abertas, ficando ainda pior, quando o clube ‘encarnado’ ficou sem fundos para pagar a sua inscrição no Campeonato de Lisboa. À beira da extinção, Cosme Damião, Félix Bermudes e Manuel Goularde foram os responsáveis que angariaram o dinheiro necessário para manter o Sport Lisboa em funcionamento.

 

Uma das características da rivalidade entre os clubes da segunda circular passa ainda hoje pela representação popular. Tanto Benfica como Sporting são, desde os primórdios, ligados a estratos sociais diferentes, apesar de cada vez mais esbatidos. Enquanto os ‘leões’ e os respetivos adeptos estão ligados à classe média/alta da sociedade de Lisboa, os adeptos do Benfica estão associados à classe mais baixa.

 

O elitismo do Sporting deriva da matriz da sua fundação. José de Alvalade (Visconde), em 1906, depois de uma zanga na assembleia geral do Campo Grande Sport Clube, clube a que pertencia, decidiu fundar um outro clube feito para pessoas de boa conduta. Nos estatutos de criação do clube, a boa conduta é o artigo número 1 que defende que o Sporting é um clube feito para “indivíduos de boa sociedade e conduta irrepreensível”. Elitismo de merda, mas foi assim que nasceu o clube. Por causa de uma birra de meninos ricos...

Chiado - Memórias

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Era um dia como tantos outros de Agosto, os meus pais já tinhamos gozados as férias deles e eu - um miúdo de 14 anos - ia a meio das minhas "férias grandes". Normalmente, levantava-me por volta das 11 horas, mas naquela manhã de 25 de Agosto foi acordado pelas 8 pelo som estridente da pequena televisão que a minha mãe tinha na cozinha. Fui ver o que se passava e ainda "estremunhado", vi na tela Lisboa a arder. Já mais me esqueci daquela imagem...

 

Passaram 30 anos, desde a manhã que vi o Chiado arder na televisão. A Baixa lisboeta estava a ser destruída por um violento incêndio que deflagrou cerca das 5 horas da madrugada e que incidiu principalmente nas Ruas do Carmo, Garrett e Nova do Almada, num total de 18 edifícios. Lojas históricas desapareceram no meio das chamas, apagando muitas das memórias ligadas à historia da cidade e ao Chiado em particular.

 

O brutal incêndio de 1988 obrigou a redimensionar a Baixa Pombalina, sob a direcção técnica do arquitecto Siza Vieira. A Câmara Municipal de Lisboa demorou dez longos anos para recuperar o que o fogo consumiu. Em 1999 finalmente retiraram o viaduto para peões que afastava as pessoas da zona atingida e abriram as artérias aos peões, ainda com muitos edifícios por acabar. Tenho a sensação que demoramos mais tempo a reconstruir o Chiado do que o Marquês de Pombal a reconstruir a cidade toda.

 

Passados 30 anos o Chiado é uma zona que voltou a ser um forte centro económico-cultural e uma das zonas mais caras de Portugal, que pertence na maioria a uma imobiliária chinesa…

Para inglês ver

Estou a almoçar num novo restaurante no Cais do Sodré, em Lisboa. Abriu há um mês, mas o logotipo diz “desde 1945”.

 

Pior, só mesmo a casa que abriu em 2015 para vender os "tradicionais" pastéis de bacalhau com queijo da serra que de tradicionais têm tanto que nunca ninguém tinha ouvido falar deles até a abertura daquele estabeleciemento. Essa no logotipo diz "desde 1904".

 

Tudo para inglês ver...

Táxi vs Uber - gulodice de quem?

Os taxistas convocam uma manifestação para 11 de setembro por tempo indeterminado e ponderam avançar para a greve! Por mim tudo bem, desde que os motoristas dos camiões da Super Bock e da Sagres não adiram, façam o que quiserem...

 

Voltando ao assunto, a tecnologia democratizou o acesso ao transporte. Chamar um carro através de uma aplicação sempre que quiser e onde estiver é comum nos dias de hoje. São os avanços que a internet e o smartphone tornaram possível.

 

Perante estas mudanças no transporte urbano de passageiros, a regulamentação dos táxis passou a estar obsoleta. As regras estão ultrapassadas e prejudicam a concorrência entre táxis e Ubers, mas longe de restringir o direito de escolha dos passageiros.

 

Taxistas reclamam "competição desleal" pela falta de custos e limitações impostas à Uber. Mas a Uber sublinha que não deve ser tratada como uma companhia de transportes. Com argumentos de cada parte, todos têm carros a circular pelas ruas portuguesas.

 

 

A solução? Não sei, mas já experimentaram criar uma única aplicação idêntica para táxis, em vez de quatro aplicações para o mesmo (já foram sete)? Creio que isto denota a gulodise de alguém...