Portugal atingiu hoje um novo máximo no número de infeções diárias por Covid-19. De acordo com o boletim desta quarta-feira da Direção Geral da Saúde, foram registados um total de 10 027 novos casos de infeção e mais de 90 mortes. Este é o resultado da inconsciência de muitos, que fizeram ouvidos moucos e ateimaram em passar o Natal com familiares que não faziam parte do seu ciclo diário. Esta fatura tem um preço elevado. Já se sabia...

Em 2020 a pandemia atingiu em cheio a prosperidade de Portugal. Não se sabe quando será o regresso à normalidade. Todos temos expectativas para 2021. Todos queremos que o novo ano traga coisas boas. Mas vai demorar tempo, provavelmente demasiado tempo. Teremos de aguentar o embate dos próximos tempos à espera de que a Páscoa e o verão tragam a retoma, se a trouxer. Pergunto: 2021 será o ano após a pandemia, ou será, mais um ano com pandemia? As vacinas vão ter o resultado esperado? Para quando a retoma? São demasiadas as perguntas sem resposta concreta.

Todos esperamos...

- Amor...vamos brincar aos médicos? 

- Ora deixa cá ver...tens consulta daqui a 6 meses!

Esta imagem - que circula nas redes sociais - é a triste realidade do que o resto da Europa pensa acerca de Portugal e do COVID-19...

Compreendo o lado das empresas, mas para que existe o apoio do Estado, se as empresas podem invocar o artigo 142 do Código de trabalho. Tudo porque, João Vieira Lopes Presidente da CIP aconselhou as empresas a despedir já. Qualquer empresa que decida despedir durante esta "quarentena" deve ser excluída de qualquer apoio público que venha a resultar desta crise. Sendo esta a minha opinião.

Infelizmente, não é caso único nas cadeias de fast-food. Telepizza, Vitaminas e Pizza Hut seguem o mesmo caminho...

Até há umas semanas atrás, muitos pensavam que o COVID-19 era coisa de chineses e que não nos tocava. Até há uns dias atrás, alguns ainda pensavam que o COVID-19 era um circo montado e exagerado pelos meios de comunicação social para amedrontar as pessoas. Espero que apartir de hoje, com o encerramento das escolas e discotecas e a redução da lotação dos restaurantes e dos centros comerciais percebam que a coisa é séria. Tão séria que há "gente curta de vista" que foi a correr aos supermercados com medo de ficarem sem papel higiénico (nunca ouviram falar de bidé - são norte-americanos?), outros ficaram com medo de não terem atum ou uma lata de sardinhas em casa e compraram centenas de unidades. 

Porque "há duas coisas que são infinitas: o universo e a estupidez humana." - já dizia Albert Einstein - espero que as quarentenas, que por arrasto, dará a todos mais tempo para andar nas redes sociais não sirva para aumentar a estupidez em relação a um caso tão sério de saúde pública...