Convenção do BE
No XI Convenção do Bloco de Esquerda, as principais figuras do partido insistiram no perigo que representa a “emergência rompante de populismos de extrema-direita”. Um perigo mundial prontamente exemplificado com a subida ao Poder de Trump e Bolsonaro na América e de Salvini na Europa. A curiosidade é o Bloco de Esquerda que anda a alertar para essa realidade, esquecer-se que é também ele, um partido populista autoritário, como o seu irmão e vizinho Podemos de Pablo Iglésias - um esquecimento conveniente e bem lembrado. Mas eu relembro que o populismo é uma moeda de duas faces e que o perigo decorrente do exercício do Poder por parte do populismo de esquerda também é ele nefasto.
Nesta Convenção fica também evidente o sonho do Bloco de Esquerda, depois do ensaio com a “geringonça” que os deslumbrou - ainda que pela mão do PS - de entrar no Governo e na sua constituição. Um sonho bem alto para um partido populista de esquerda que apenas reclama, sem oferecer soluções. Quanto mais alto se sobe, maior é o tombo, e acreditem que o tombo desta vez vai ser grande. O melhor resultado que tiveram foi 10,19% em 2015, se o conseguirem manter, já podem festejar...