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A National Geographic estreou ontem, 20 de novembro pelas 22h, a série documental “Witness to Disaster” – em português, “Testemunhos do desastre” – , sendo o primeiro episódio é dedicado à “história do maior incêndio na história de Portugal e de como este devastou uma comunidade rural” no verão de 2017: Pedrógão Grande.
Para a produção deste episódio, a produtora do Reino Unido teve acesso a imagens captadas pela plataforma CentroTV, durante os incêndios que assolaram a região, em junho de 2017, recorreu ainda a imagens de video-amadores e de videovigilância. “Witness to Disaster” conta também com “um conjunto de entrevistas a testemunhas”. O objetivo da produção é revelar cientificamente “como tudo aconteceu, e como decisões tomadas numa fração de segundo fizeram a diferença entre a vida e a morte”. Morreram 66 pessoas nesse incêndio, além de 254 terem ficado feridas.
Ressalva, fiquei chocado com o que os especialistas referem em relação aos eucaliptos: é verdade que são a principal causa de dissiminação do fogo, devido as suas cascas voarem durante os incêncios, iniciando outros fogos. Mas têm uma enorme falha, seguem o senso comum de que os eucaliptos são a principal causa de combustão dos incêndios. Curiosamente, quem estava na zona durante os incêndios - eu estava e combati os fogos - onde se iniciou o primeiro fogo é uma zona de pinhal e pode-se observar dias após os fogos que as areas ardidas eram maioritariamente de pinheiros, o que é natural, pois devido à resina ardem com mais facilidade do que os eucaliptos. Observando-se também que as zonas de eucaliptos que estavam sem "mato" não arderam, ao contrário das zonas de pinhal que mesmo limpas arderam por completo. Não culpem os eucaliptos por tudo...